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São Paulo, fevereiro de 2025
Dia Mundial das Zonas Úmidas: como a conservação do Parque Ibirapuera e de seus cursos hídricos contribuem para o ecossistema paulistano
O Dia Mundial das Zonas Úmidas, celebrado em 2 de fevereiro, incentiva a conscientização sobre o papel crucial desses ambientes na manutenção da saúde ambiental do planeta, além de estimular uma reflexão sobre a urgência de sua conservação. É preciso proteger essas áreas, consideradas ecossistemas complexos e que estão entre as mais vulneráveis do planeta. Sua degradação pode impactar a vida de milhões de pessoas e espécies ao redor do mundo. São Paulo, por exemplo, possui uma rede extensa de rios, córregos e lagos, que, apesar de seu papel essencial para o funcionamento da cidade, ainda enfrenta grandes desafios de preservação.
As zonas úmidas são regiões de transição que se situam entre os ambientes hídricos e terrestres. O conceito surgiu em 1971, durante a Convenção de Ramsar, no Irã. O tratado firmado entre governos classificou mais de 1500 pontos no mapa como regiões úmidas. No Brasil, há oito áreas a exemplo do Pantanal Matogrossense. Essas zonas margeiam rios, lagos, lagoas e podem, ainda, ser planícies aluviais, turfeiras, charcos, pântanos, estuários, manguezais e até recifes de coral. Ainda que não sejam classificados pelo tratado, todos os arredores de cursos hídricos são fundamentais na regulação do ciclo da água do planeta, sendo capazes de armazenar e filtrar grandes volumes de líquidos. Não há dúvidas de que a conservação dessa vegetação é essencial para a humanidade.
Nos parques urbanos e naturais, as margens de lagos e as áreas próximas a rios e nascentes também podem ser consideradas áreas úmidas e são essenciais para a biodiversidade local, servindo de habitat para diversas espécies e beneficiando o equilíbrio ecológico local. O Ibirapuera, com seus ecossistemas aquáticos, é um importante espaço na capital paulista e também contribui com a regulação do meio ambiente, e até mesmo do clima, especialmente no contexto de urbanização crescente. Não é à toa que recebeu ao longo dos anos o apelido de “coração verde” de São Paulo. A própria história do parque demonstra a relação do local com os recursos hídricos: na época da colonização o espaço era uma área alagadiça e pantanosa. A ideia de criação do parque surge na década de 1920 pela Prefeitura e, mais tarde, em 1927, iniciou-se o plantio de centenas de eucaliptos australianos com objetivo de drenar o terreno e eliminar o excesso de umidade, viabilizando o plantio de diversas espécies no local, desde árvores nativas a exóticas, arbustos e flores.
Hoje, além de todo o cuidado com o manejo das áreas verdes - que cresceram 21 mil m² em área permeável desde que a Urbia assumiu a gestão do parque há cinco anos - há uma especial atenção com as margens dos lagos e as equipes de áreas verdes do parque trabalham na recomposição do local. “Nos preocupamos em manter a vegetação na borda do lago que protege contra erosões e é abrigo para a fauna local. Por isso, não rebaixamos totalmente a vegetação nas podas. Realizamos o plantio de espécies arbustivas e herbáceas, além de mudas de árvores; espécies nativas e adaptadas à nossa região que também servem de alimento para a fauna e temos o compromisso de realizar gradativamente a substituição das plantas exóticas que existem no local, para contribuir com todo o ecossistema” comentou Mariana Corradi, engenheira agrônoma da Urbia, responsável pelas áreas verdes do Ibirapuera. As margens dos lagos do Ibirapuera abrigam uma grande diversidade de micro-organismos e aves que dependem desse ecossistema. A lavadeira-mascarada, por exemplo, é uma das aves que habita o parque e que constrói seus ninhos ao redor do lago.
Há cinco anos a concessionária responsável pelo parque recuperou 72,5 mil m² de áreas verdes, realizando a descompactação do solo e o replantio de grama. Plantou mais de 600 mudas de indivíduos arbóreos nativos e implantou mais de 30 mil m² de áreas ajardinadas, principalmente, nas margens do lago, para proteção à fauna e o embelezamento dos espaços. A Urbia também realiza o monitoramento da qualidade da água do lago e de todos os equipamentos, como os bebedouros e poços artesianos, ainda que o tratamento seja de responsabilidade da Sabesp, que mantém uma estação na entrada do Córrego do Sapateiro.
Oficina no Parque Ibirapuera
Para saber mais sobre a importância das zonas úmidas, a Urbia realiza, em fevereiro, uma oficina para quem deseja aprofundar os conhecimentos. Em homenagem ao dia mundial, a edição deste mês do Sextou no Ibira: Protegendo os Rios, programação socioambiental gratuita oferecida às sextas-feiras no Parque Ibirapuera, convida todos a refletirem sobre a importância dos cursos d’água para a estabilidade ecológica das cidades, com especial atenção às regiões úmidas e aos rios paulistanos.
A oficina, que acontecerá nos dias 14 e 21 de fevereiro, das 14h às 16h, levará o público a participar de atividades práticas, jogos educativos e experimentos sobre o tema. Durante a ação, os participantes terão a oportunidade de aprender sobre a diversidade de rios que cortam a capital paulista, como o Rio Tietê, o Rio Pinheiros, o Rio Ribeirão Ipiranga, o Rio Tamanduateí e o Rio Aricanduva, e como esses cursos d'água desempenham papéis essenciais na dinâmica ambiental e no bem-estar da população.
A participação é gratuita e não é necessário fazer inscrição prévia. O evento será realizado nas mesas do Parquinho, em frente às quadras esportivas de basquete e tênis, e é aberto a todos os públicos.
Sobre a Urbia
Criada em 2019, a Urbia Parques é uma concessionária de gestão de parques urbanos e naturais, com o propósito de contribuir com o desenvolvimento humano e proporcionar lazer, entretenimento e cultura juntos à natureza. Na cidade de São Paulo, os contemplados são os parques: Ibirapuera, Tenente Brigadeiro Faria Lima, Jacintho Alberto, Jardim Felicidade, Eucaliptos e Lajeado. A Urbia atua ainda nos parques Horto Florestal e Parque Estadual da Cantareira, na região metropolitana de São Paulo e no Sul do Brasil com o Parque Nacional Aparados da Serra e da Serra Geral. Além disso, a concessionária também foi vencedora da licitação do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. A dedicação da empresa se concentra em criar, a cada dia, um mundo melhor com mais diversidade, inclusão e cidadania.
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